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Profissionais de saúde debatem prevenção do suicídio e promoção da vida

Profissionais de saúde debatem prevenção do suicídio e promoção da vida
Participantes debatem estratégias para reduzir casos de morte autoprovocada - Foto: Ana Lúcia Fumegalli

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade e mata mais jovens que o HIV. No Brasil, a morte autoprovocada aumentou em 30% nos últimos anos, entre crianças e adolescentes, na faixa etária de 15 a 19 anos. Já no Rio Grande do Sul, a cada 24 horas, três pessoas cometem suicídio. Com foco nesta realidade e tratando a morte autoprovocada como um problema de saúde pública, profissionais das áreas da vigilância, atenção básica e da saúde mental das 2ª e 18ª Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), com sede em Porto Alegre e Osório, participam da capacitação “Promoção da vida e prevenção do suicídio”, nesta segunda-feira (30). O evento, realizado no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, tem por objetivo debater o tema e construir estratégias para diminuir sua ocorrência no Estado.

A coordenadora da Residência Médica do Hospital Psiquiátrico São Pedro, Roberta Rossi Grudtener, destaca que o suicídio pode ser evitado em 90% dos casos e, por isso, é altamente prevenível. “As pessoas não querem morrer, elas buscam no suicídio um alívio para a dor”, afirma Roberta. Ela explica que em torno de 90% dos casos estão associados a transtornos mentais que podem ser tratados. Nesse contexto, é fundamental avançar na prevenção à morte autoprovocada por meio da capacitação e qualificação dos profissionais de saúde para que possam atuar de forma efetiva no acolhimento e na escuta qualificada de usuários com ideia suicida.

“O combate ao suicídio passa também pelo fortalecimento da rede integral e intersetorial de atenção e por uma mudança cultural, pois a morte autoprovocada ainda é encarada como um tema tabu. Precisamos falar e orientar a população sobre o assunto”, avalia Roberta. Familiares e amigos devem estar atentos para identificar se a pessoa está em sofrimento mental e, nestes casos, buscar ajuda nos serviços de saúde ou atendimento de profissional da área de saúde mental.

Desde junho de 2014, o suicídio é de notificação compulsória e imediata no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Dessa forma, os municípios podem aplicar as medidas de controle necessárias, fornecendo acompanhamento e orientação familiar por intermédio da Rede de Saúde Mental.

Até o final deste ano, a capacitação será levada a todas as Coordenadorias Regionais de Saúde. Entre outros temas são tratados os fatores de risco e proteção; vigilância da violência e notificação do suicídio; possibilidades de intervenção e prevenção do suicídio na atenção básica em saúde. Em 2017, será realizada uma nova rodada de capacitações para avaliar as ações implementadas nas regiões e aprofundar o debate sobre estratégias de prevenção.

O grupo de trabalho em defesa da vida e de prevenção ao suicídio, criado pela Secretaria Estadual da Saúde, está organizando uma série de ações sobre o tema para marcar o Setembro Amarelo, mês escolhido pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio para alertar sobre a importância de ações de prevenção. O objetivo da organização é dar destaque ao assunto e conscientizar a população sobre o tema.

 

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