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Global Health Watch 5 é lançado na ESP

GHW 5
GHW 5

Por AsComESP em 23 de julho de 2018*

Questões relativas aos avanços e retrocessos do sistema único de saúde pública na América Latina, à revitalização do controle comunitário na atenção primária à saúde, à guerra contra as drogas e a aplicação da lei à saúde pública, no papel das corporações junto à Organização Mundial de Saúde
são alguns dos temas dos artigos que compões o livro Global Health Watch 5, que foi lançado na Escola de Saúde Pública, em Porto Alegre, nesta sexta-feira (3/8).

A obra, que foi apresentada pela professora Patrícia Robinson, foi elaborada por seis organizações da sociedade civil, MPSP, ALAMES (Asociación Latino-americana de Medicina Social),Medact, Third World Network, Health Poverty Action, Medico International, de forma colaborativa com a participação de ativistas e acadêmicos de todo o mundo. O evento teve a participação de representantes dos conselhos Municipal e Estadual de Saúde, do Movimento pela Saúde dos Povos (MPSP), além da direção da ESP e outras instituições.

Após o lançamento do livro, ocorreu a apresentação do artigo “Histórias da Saúde Global: A Organização Mundial da Saúde e a cooperação com atores não estatais”, de Mariana Martins, mestre em Saúde Coletiva. Mariana apresentou o histórico das relações da OMS feito em uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, revisão da literatura e de documentos produzidos pela instituição. O trabalho resgatou a história sob a ótica da cooperação internacional e das ações com organismos não estatais.

A pesquisa apontou o aumento no número de atores no Sistema Internacional, vinculados a grandes grupos empresariais, uma redução no poder da Organização Mundial da Saúde e na oferta de recursos financeiros por parte dos Estados no decorrer da história da instituição. Além disso, o trabalho mostrou a relação entre a maior diversificação nos tipos de atores no sistema internacional e a menor influência da OMS nos processos de governança global em saúde.

Para Ana Valls, do Conselho Estadual de Saúde, os dados apresentados por Mariana Martins são preocupantes, pois mostram quais empresas mandam na Organização Mundial da Saúde, e “Comprovam que não são as pessoas e comunidades que defendem a saúde como um direito universal”. Segundo a conselheira, para melhorar o debate e as conquistas no campo da saúde global é preciso impor melhorias na conduta e nos entraves da OMS.

Conforme a professora Cristiane Famer, orientadora de Mariana Martins e representante do MPSP, a importância do estudo está relacionada ao fato de que “se desconhecemos como são tomadas as decisões (quais atores participam, em quais condições), corremos o risco de não entender certos movimentos internacionais, no campo da saúde, que nos afetarão de forma direta ou indireta”, afirma. Ela dá como exemplo a Cobertura Universal em Saúde em detrimento do Direito Universal à Saúde. “Muitos governos, inclusive o brasileiro, atualmente, estão discutindo isto e, em alguns casos, adotando os princípios dessa política nacionalmente. Mas, de onde surgiu essa ideia? Quem introduziu esse conceito na discussão internacional sobre o acesso à saúde?”, questiona Famer. Para a professora, essas questões nos levam a entender os interesses em planejar e organizar políticas públicas e sistemas de saúde.

*Em virtude do período eleitoral, as matérias feitas entre os meses de julho e outubro estão sendo publicadas posteriormente.

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ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA