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Encontro aborda desafios de integrar práticas técnicas e populares em Saúde

Debate promotores de Saúde
Debate realizado entre participantes do Encontro Regional de Formação de Promotores Populares em Saúde - Foto: Fernanda Nunes

A Escola de Saúde Pública (ESP/RS) e a Rede de Promotores Populares em Saúde inciou na manhã desta segunda-feira, 20, em Porto Alegre, o primeiro de três Encontros Regionais de Formação de Promotores Populares em Saúde. Os demais serão realizados nos dias 21 e 23 de outubro, em Bagé e Ijuí, respectivamente. Os encontros têm por objetivo valorizar o protagonismo dos profissionais e de práticas populares em saúde, estimulando o diálogo com os movimentos sociais do Rio Grande do Sul e tendo o compromisso e o envolvimento na construção de políticas públicas.

 

Lucia Ines Schaedler, da Coordenação de Educação em Saúde Coletiva da ESP/RS, resgatou o conceito de quadrilátero da formação para a área da saúde, que inclui ensino, gestão, atenção e controle social para apontar desafios que ainda precisam ser superados. “Temos que construir esta formação em conjunto com o controle social e os movimento sociais. Hoje, a educação permanente, a popular e a voltada ao controle social estão muito compartimentadas e com ações segmentadas. De acordo com ela, o desafio hoje é unir estes saberes, por meio do encontro dos diversos atores, assegurando ações de educação permanente que contribuam para transformar a relação entre gestores, trabalhadores e usuários, de modo que cada um deles se reconheça como parte do SUS e contribua para sua melhoria.

 

“Hoje estamos intensificando visitas aos municípios para acompanhar ações nos Estados e municípios. A ideia é migrar de uma educação mais formal para a identificação de problemas cotidianos e à construção conjunta de soluções”, afirma Leandro Farias Rodrigues, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação, do Ministério da Saúde (MS). Nesse processo, defende práticas pedagógicas centradas na resolução de problemas, por meio de ações dialogadas realizadas , preferencialmente, no próprio ambiente de trabalho. “Temos que valorizar o fazer do trabalhador e o saber do usuário”.

Jorge Tadeu Teixeira Senna, da Coordenação da Educação em Saúde Coletiva, destaca que a ESP/RS tem trabalhado no sentido de dar apoio institucional aos movimento populares. “Hoje pensamos em um projeto nacional, no desafio de ampliar estas ações , incluindo outros parceiros e regiões do país. A ESP não é um local de transmissão de conhecimento, mas de construção de saberes com os diversos atores envolvidos.” Assim, podemos repensar o nosso fazer, repensando a apartir das demandas e saberes de todos os envolvidos. Segundo ele, é fundamental fortalecer o debate sobre o direito à saúde em sua integralidade, incluindo todos os serviços, desde a atenção básica, a vigilância em saúde e a atenção especializada. Destaca ainda que a Escola de Formação de Promotores Populares em Saúde objetiva a transformação, por meio da integração das práticas técnicas e sociais.

 

Ângela Souza e Lima, educadora da Rede de Educação Cidadã, ressalta que ainda temos muito que avançar no sentido de relacionar saberes no dia a dia dos serviços do SUS. “Estamos distantes de uma participação social mais efetiva. O usuário precisa ser mais empoderado como forma de fortalecer ações que respeitem as demandas e saberes da população”.

 

Baba Diba de Iemanjá, da ONG África na Mente, entende que ainda falta acolhimento e inclusão das práticas populares. Segundo ele, o Programa Mais Médicos tem propiciado algumas experiências interessantes e tem servido para derrubar preconceitos. “Recebemos alguns médicos cubanos no terreiro e eles foram muito receptivos, inclusive identificando algumas plantas na comunidade e suas funções terapêuticas. Estes são avanços, pois vemos o saber técnico dialogando com o popular”.

Os encontros contam com a participação de gestores, trabalhadores e controle social.

 

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