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Medicina tradicional indígena é tema de painel

Índios
Seminário indígena - Foto: Aelxandre Gamba

Sistemas de saúde, interculturalidade e medicina tradicional foi o tema do painel realizado nesta quinta-feira, 9, no I Congresso Latino Americano de Povos Indígenas e Interculturalidade, VIII Seminário Povos Indígenas e o Estado, Cultura, Direitos e Sistemas de Saúde.

Neide Friedrich da coordenação de Educação em Saúde Coletiva da ESP/RS destacou a importância de serem intensificadas as ações de atenção integral à saúde indígena e de educação em saúde em consonância com as políticas e os programas do SUS e observando as práticas de saúde tradicionais indígenas. Como exemplo, citou São Miguel das Missões. “Lá, foi criado um ambiente para o “Caraí” prover o atendimento intercultural e religioso no próprio hospital do município”. Segundo ela, infelizmente este é um exemplo isolado. “A medicina indígena ainda não é reconhecida como alternativa no sistema de saúde brasileiro.

O psicólogo colombiano Charles Brito falou sobre o sistema de saúde em seu país e da interação com a saúde indígena dos diversos povos existentes na Amazônia. Charles abordou os tipos de cura de problemas de saúde mental, inclusive utilizando o chá de um tipo de cipó com propriedades medicinais. Avalia que apesar de a medicina alopática ter bastante uso entre os povos indígenas em seu país, os “curica” (caciques) são muito respeitados, reconhecidos e procurados para curar as doenças que acometem os indigenas.

Ao falar sobre a saúde em seu país, a antropóloga Antonella Fagetti, da BUAP México, explicou que a medicina tradicional e a medicina alopata atuam conjuntamente na mesma instituição. Explicou que os médicos alopatas “os de bata blanca” demoraram a aceitar que quem decide que tipo de medicina quer é o povo. Falou ainda que a população indígena tem uma visão diferente de vida e de saúde. “Estas diferenças devem ser respeitadas para que a medicina oficial passe efetivamente a dialogar com a tradicional indígena. Com isso, evitaremos que os conhecimentos, o saber e as práticas de um povo fiquem esquecidas no tempo”.

Para o evento, que encerra 11 de outubro, foram organizadas rodas de conversa, palestras, oficinas e apresentações artísticas com a finalidade de potencializar a promoção do diálogo entre o povo indígena e os participantes não-indígenas.

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